A felicidade é a fraqueza do forte
E a cegueira do sábio.
Felicidade é flor de papel
E nela não há diferença
Entre a terra e o céu.
Nela não há surpresas.
Nenhuma nota emerge do silêncio
Para o deleite dos ouvidos.
Os livros não criam asas
E a poesia não pula o muro
A fim de seqüestrá-los.
Sejamos tristes, meus amigos.
Plantemos lindas bombas
Em nossas caixas de correio.
Sejamos tristes até o infinito,
Tristes em casa e na rua,
No clube, no circo, nos bares...
Sejamos tristes até a medula e
Façamos desta vida ressequida
Nossa estranha diversão.
Igor Roosevelt